Se você busca expandir sua atuação e solidificar sua presença no mercado financeiro como correspondente bancário, a ideia de ter um espaço próprio para atender seus clientes é mais do que um desejo: é um passo estratégico.
Ter um ponto de atendimento profissionaliza sua imagem, além de criar um ambiente acolhedor e eficiente, onde cada cliente se sinta seguro e bem assessorado.
Neste artigo, vamos abordar como estruturar seu ponto de atendimento, explicando desde os requisitos iniciais até os custos envolvidos no processo.
Continue lendo e confira!
Por que o ponto de atendimento é essencial para correspondentes bancários?
Ter um espaço físico bem estruturado é indispensável para atuar como correspondente bancário com profissionalismo, eficiência e segurança.
O ponto de atendimento, além de oferecer conforto ao cliente, transmite credibilidade e facilita o acesso aos serviços bancários em regiões onde as instituições financeiras não possuem agências.
Embora não seja obrigatório ter um comércio para exercer essa atividade, muitos empreendedores optam por integrar os serviços de correspondente bancário ao seu negócio já existente, como papelarias, lotéricas, farmácias ou lojas de conveniência, aproveitando o fluxo de clientes para ampliar o alcance dos serviços financeiros.
O que diz a legislação?
A atuação como correspondente bancário é regulamentada pelo Banco Central, por meio da Resolução nº 3.954/2011, que define as condições e responsabilidades exigidas para essa prestação de serviços.
Entre os requisitos estão a formalização do contrato com uma instituição financeira autorizada, a capacitação para o atendimento ao público e o cumprimento das normas de sigilo e segurança das informações.
Um ponto de atendimento adequado deve seguir essas diretrizes, garantindo que o espaço esteja preparado para realizar operações como abertura de contas, pagamentos, recebimento de boletos, empréstimos e até antecipação do FGTS.
Ponto de atendimento: infraestrutura e equipamentos essenciais
Montar um ponto de atendimento exige atenção a detalhes estruturais e de equipamentos para garantir um serviço eficiente e seguro. Acompanhe!
1. Estrutura Física
Para oferecer um atendimento de qualidade, o espaço físico deve ser bem planejado.
- Área de atendimento ao público: Um balcão ou mesa de atendimento com cadeiras confortáveis para o cliente. É importante ter um espaço que garanta a privacidade da conversa e das transações, especialmente em operações que envolvam dados sensíveis.
- Sala de espera: Caso haja um fluxo grande de clientes, uma área com cadeiras e, se possível, água e café, pode melhorar a experiência.
- Área restrita: Um espaço para o correspondente bancário, separado do acesso do público, onde ficarão os equipamentos e documentos sigilosos.
- Acessibilidade: É fundamental que o local seja acessível a pessoas com deficiência, com rampas de acesso e banheiros adaptados, se aplicável.
- Segurança: Portas e janelas seguras, grades, e um bom sistema de iluminação externa são importantes. Considerar a instalação de um cofre para guardar numerário e documentos importantes é crucial.
2. Equipamentos essenciais
Os equipamentos garantem a operacionalidade do seu ponto de atendimento e a conformidade com as exigências dos bancos parceiros.
- Computador/notebook: Um ou mais computadores com bom desempenho, acesso à internet e sistema operacional licenciado (geralmente Windows 7 ou 10, ou versões mais recentes).
- Impressora: Uma impressora não fiscal, seja térmica ou multifuncional, é indispensável para emissão de comprovantes, cupons e notas fiscais eletrônicas (NFC-e), se for o caso.
- Leitor de cartões (Pin Pad): Para transações de débito e crédito. Muitos bancos parceiros fornecem ou indicam modelos específicos.
- Leitor de código de barras: Agiliza o pagamento de boletos e contas de consumo.
- Telefone e internet: Conexão de internet estável e um telefone para comunicação com clientes e parceiros bancários.
- Estabilizador ou nobreak: Protege os equipamentos de variações de energia e evita interrupções no atendimento em caso de queda de luz.
- Mobiliário: Balcão de atendimento, cadeiras ergonômicas para os atendentes, cadeiras para os clientes, armários e gaveteiros com chave para guardar materiais e documentos.
- Material de escritório: Papel para impressão, bobinas para impressoras térmicas, canetas, envelopes, blocos de anotação, e outros itens básicos.
- Câmeras de monitoramento (CFTV) e alarme: Medidas de segurança cruciais para proteger o local, especialmente por envolver movimentação de dinheiro e fluxo de pessoas.
- Cofre: Para guardar numerário e documentos de valor.
- Sinalização: Placa ou adesivo visível informando que o local é um correspondente bancário, com a identificação do(s) banco(s) parceiro(s) e os serviços oferecidos.
Lembre-se que as exigências específicas podem variar de acordo com o banco parceiro e o tipo de serviço que você pretende oferecer.
É fundamental consultar as diretrizes da instituição financeira com a qual você irá firmar parceria para garantir que seu ponto de atendimento esteja em conformidade com todas as normas.
Quais os custos para montar um ponto de atendimento para correspondentes bancários?
Entender os custos envolvidos é fundamental para planejar a abertura de um ponto de atendimento adequado.
As médias abaixo são estimativas e podem variar bastante dependendo da sua localização (cidades grandes como São Paulo tendem a ter custos mais altos), do tamanho do seu espaço e da sua estratégia de negócio. Acompanhe!
1. Reforma e adaptação do imóvel:
- Pequena reforma/pintura/divisórias: R$ 2.000 a R$ 10.000
- Reforma mais ampla (incluindo acessibilidade, etc.): R$ 10.000 a R$ 30.000+
- Observação: Se o imóvel já estiver pronto, esse custo pode ser nulo ou mínimo.
2. Mobiliário:
- Básico (balcão, 2-3 cadeiras, armário pequeno): R$ 1.500 a R$ 5.000
- Completo (com sala de espera, mesas adicionais): R$ 5.000 a R$ 15.000
3. Equipamentos de informática e comunicação:
- Computador/Notebook (bom desempenho): R$ 2.500 a R$ 5.000 por unidade
- Impressora (multifuncional + térmica): R$ 800 a R$ 2.500
- Leitor de Código de Barras: R$ 150 a R$ 500
- Leitor de Cartões (Pin Pad): Muitos bancos fornecem comodato, mas se precisar comprar, pode variar de R$ 300 a R$ 1.000.
- Telefone (aparelho): R$ 100 a R$ 400
- Estabilizador/Nobreak: R$ 200 a R$ 800
4. Sistemas de segurança:
- Câmeras (kit básico + instalação): R$ 1.000 a R$ 3.000
- Alarme: R$ 500 a R$ 2.000 (instalação) + taxa de monitoramento mensal
- Cofre (pequeno a médio porte): R$ 500 a R$ 2.500
- Material de Escritório Inicial: R$ 300 a R$ 800
5. Certificações e treinamentos:
- Custo da certificação (ex: Febraban):R$ 100 a R$ 200 por certificação
- Cursos e treinamentos complementares: Podem variar de R$ 0 (material gratuito do parceiro) a R$ 1.000 ou mais.
6. Formalização do negócio:
- Abertura de CNPJ, taxas de registro, alvarás (custos iniciais): R$ 500 a R$ 2.000 (pode variar muito por município e tipo de empresa).
- Honorários contábeis iniciais: R$ 300 a R$ 600 (para o processo de abertura).
- Capital de Giro: Recomenda-se ter pelo menos 3 a 6 meses de despesas operacionais cobertas, o que pode variar de R$ 5.000 a R$ 30.000 ou mais, dependendo do seu custo fixo mensal.
Estimativa total de investimento inicial: Considerando um cenário otimista (imóvel quase pronto, equipamentos essenciais), o investimento inicial pode começar a partir de R$ 10.000 a R$ 25.000.
Para um ponto mais estruturado e em uma boa localização, esse valor pode facilmente ultrapassar R$ 30.000 a R$ 60.000.
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