O Banco do Brasil decidiu manter a suspensão temporária das contratações de empréstimo consignado para beneficiários do INSS por meio de correspondentes bancários.
A medida segue a Resolução CMN 4.935/2021, que exige a viabilidade econômica dessas operações, e levanta questionamentos sobre os impactos para os profissionais que atuam nesse setor.
Apesar da restrição, os beneficiários ainda podem contratar o crédito consignado por outros canais, como aplicativo, internet banking, terminais de autoatendimento e agências físicas.
Mas o que essa decisão significa para os correspondentes bancários? Neste artigo, vamos abordar os desdobramentos dessa mudança e suas possíveis consequências.
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Entendendo a decisão: por que o Banco do Brasil suspendeu o consignado?
O Banco do Brasil suspendeu a oferta de crédito consignado do INSS por meio de correspondentes bancários desde dezembro do último ano.
Segundo o Estadão/Broadcast, a decisão foi tomada porque, com a elevação da taxa Selic para 12,25% ao ano pelo Copom, a modalidade se tornou financeiramente inviável.
A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela influencia todas as outras taxas de juros, incluindo as taxas de juros dos empréstimos.
Quando a Selic aumenta, os bancos precisam pagar mais caro para captar dinheiro, o que os leva a aumentar as taxas de juros dos seus empréstimos.
No caso do crédito consignado, a alta da Selic tornou a modalidade menos rentável para os bancos. Isso porque o crédito consignado é um tipo de empréstimo com juros mais baixos do que os demais, já que é descontado diretamente do salário ou benefício do segurado.
Com a Selic alta, os bancos passaram a ter mais dificuldade em cobrir os custos operacionais do crédito consignado, como o pagamento de comissões aos correspondentes bancários. Por isso, o Banco do Brasil decidiu suspender a oferta da modalidade por meio desses canais.

Atualizações sobre a suspensão do crédito consignado pelo BB
A suspensão do crédito consignado via correspondentes bancários pelo Banco do Brasil se mantém mesmo após a elevação do teto da taxa de juros para 1,80% ao mês, definida pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) no último 9 de janeiro.
Inicialmente, os bancos solicitaram um aumento maior, para 1,99% ao mês, argumentando que isso viabilizaria a retomada da modalidade.
No entanto, prevaleceu a proposta do Ministério da Previdência Social, o que, na avaliação do Banco do Brasil, ainda não foi suficiente para compensar os custos da operação, especialmente após a Selic ter sido ajustada para 12,25% ao ano.
Diante desse cenário, a suspensão do crédito consignado reflete a preocupação das instituições financeiras com a rentabilidade da linha de crédito e os impactos da política monetária.
Como o consignado do INSS via correspondentes bancários envolve intermediação de terceiros, os bancos consideram que as margens ficaram muito apertadas para manter a operação sustentável.
Assim, mesmo com a nova taxa aprovada pelo CNPS, o Banco do Brasil decidiu não retomar a oferta, o que pode impactar especialmente aposentados e pensionistas que costumavam recorrer a essa alternativa de crédito.
Cenários e impactos para os correspondentes bancários
Como vimos, a suspensão do crédito consignado pelo Banco do Brasil impacta diretamente os correspondentes bancários, que precisam dessa modalidade para gerar receita e atender clientes. Entre os maiores impactos, estão:
- Perda de receita: Correspondentes bancários deixam de ganhar comissões pela intermediação do crédito consignado.
- Redução na oferta de crédito: Menos opções para aposentados e pensionistas do INSS acessarem o consignado por meio de seus negócios.
- Adaptação forçada: Correspondentes precisam buscar novas modalidades de crédito para manter suas operações.
- Desafios operacionais: Diminuição da movimentação financeira pode levar ao fechamento de pequenos correspondentes.
É importante ressaltar que a suspensão do serviço de crédito consignado pelo Banco do Brasil é uma medida temporária e que o banco pode voltar a oferecer o serviço aos correspondentes bancários a qualquer momento.
Alternativas para correspondentes bancários manterem o faturamento
Para mitigar a queda de faturamento decorrente da suspensão do crédito consignado, os correspondentes bancários podem ampliar e diversificar seus serviços. Entre as alternativas, destacam-se:
- Outras modalidades de crédito: Oferecer crédito pessoal, financiamento de veículos ou antecipação de recebíveis.
- Pagamentos e boletos: Ampliar serviços de recebimento de contas, boletos e recarga de celular.
- Seguros e consórcios: Vender seguros (vida, automóvel, residencial) e consórcios, que oferecem boas comissões.
- Serviços financeiros digitais: Tornar-se um ponto de atendimento para carteiras digitais e bancos digitais.
- Parcerias com fintechs: Trabalhar com empresas de tecnologia financeira para oferecer soluções inovadoras.
- Venda de produtos e serviços: Integrar novos produtos ao portfólio, como itens de papelaria, eletrônicos ou serviços de xerox e impressão.
- Atendimento a empresas: Oferecer serviços financeiros para pequenos negócios locais, como maquininhas de cartão e gestão de pagamentos.
Com essas estratégias, o comércio pode reduzir a dependência do consignado e manter a rentabilidade.
Fintechs: impulsionando receitas dos correspondentes bancários
Diante da suspensão do crédito consignado do INSS pelo Banco do Brasil, as fintechs com expertise podem ser grandes aliadas dos correspondentes bancários na busca por alternativas que mantenham a rentabilidade de seus negócios.
Por meio de consultorias especializadas, essas empresas podem oferecer soluções personalizadas, identificando novas fontes de receita e estratégias para diversificar os serviços financeiros.
Além disso, elas também podem auxiliar na integração de plataformas de pagamento digital, permitindo que você, correspondente bancário, amplie sua atuação e atenda a um público mais amplo.
Além das consultorias, as fintechs experientes, como ai9 Fintech, trazem tecnologia e inovação para melhorar a eficiência dos processos dos correspondentes bancários, tornando suas operações mais ágeis e com custos mais baixos.
Ao adotar ferramentas digitais para a gestão de crédito e seguros, por exemplo, os negócio pode não só melhorar o atendimento ao cliente, mas também gerar novas fontes de receita.
A suspensão do crédito consignado do INSS não significa o fim das possibilidades de lucro, mas sim um convite para repensar e se adaptar ao novo cenário financeiro.
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